A Casa Branca divulgou um documento na terça-feira (15) em que consta que a China enfrenta 245% de tarifas sobre os produtos que entram nos Estados Unidos. O governo americano disse que a medida é resultado das ações retaliatórias do país asiático.
O documento não esclarece se houve novas taxas adicionais a Pequim, apenas diz o percentual total das tarifas impostas a segunda maior economia do mundo.
O governo dos EUA pontua que mais de 75 países se uniram para discutir novos acordos comerciais, depois do anúncio da nova política tarifária de Donald Trump no chamado “Dia da Libertação”. Desde então, a Casa Branca diz que as tarifas mais elevadas foram suspensas até que as negociações cheguem a um consenso -exceto para a China, que retaliou.
Enquanto a China anuncia retaliações, os vizinhos asiáticos buscam negociar um afrouxamento da política tarifária anunciada por Washington. Os países asiáticos estão entre os mais impactados pela nova política dos Estados Unidos, por serem superavitários na balança comercial com os americanos.
Trump se reunirá com autoridades do Japão na quarta-feira (17) para negociar tarifas.
Além do presidente republicano, o principal negociador comercial de Tóquio, Ryosei Akazawa, se reunirá com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e com o representante comercial Jamieson Greer para discussões que também poderão abordar projetos de energia e a espinhosa questão das taxas de câmbio.
O Japão foi atingido por taxas de 24% sobre suas exportações para os Estados Unidos, embora essas tarifas tenham sido suspensas por 90 dias. Ainda assim, uma taxa universal de 10% continua em vigor, assim como uma taxa de 25% para carros, um dos pilares da economia japonesa que depende da exportação.
O documento divulgado pela Casa Branca na terça-feira (15) tem como foco ressaltar uma ordem de investigação sobre o impacto da importação de minerais processados “na segurança e resiliência dos Estados Unidos”.
Segundo a administração americana, a dependência excessiva de minerais essenciais estrangeiros, incluindo elementos de terras raras, colocam em risco a capacidade de defesa, desenvolvimento de infraestrutura e inovação tecnológica do país.
“Os Estados Unidos continuam altamente dependentes de fontes estrangeiras, especialmente nações adversárias, para esses materiais essenciais, expondo a economia e o setor de defesa a interrupções na cadeia de suprimentos e coerção econômica”, diz.