O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), atacou o sistema de fiscalização eletrônica da capital durante participação no podcast Política de Primeira, do portal Primeira Página, chamando os equipamentos de “máfia dos radares”. Apesar das críticas, admitiu que gestão dele renovou o contrato com o consórcio responsável pelo serviço, justificando que a decisão foi necessária por questões legais e recomendações do Ministério Público.
“Eu continuo achando que esse formato é inadequado. Radar escondido é caçaníquel, serve para arrecadar, não para salvar vidas. Mas legalmente eu não podia arrancar todos de uma vez. Há equipamentos com decisões judiciais e recomendações do Ministério Público. Então o contrato foi renovado, mas com mudanças para priorizar a substituição por lombadas eletrônicas”, afirmou.
Abilio critica radares durante entrevista ai podcast Política de Primeira e prometeu lombadas eletrônicas
O prefeito explicou que exigiu alterações no contrato emergencial, determinando a instalação de lombadas eletrônicas no lugar dos pardais. Esses equipamentos contam com marcações no asfalto, placas de aviso e painéis digitais que mostram a velocidade registrada pelo motorista no momento da passagem.
“Nosso foco não é arrecadação, é redução de velocidade. A lombada eletrônica educa, porque o condutor enxerga que está acima do limite e corrige a conduta. Isso, sim, salva vidas”, destacou.
Abilio ressaltou que a transição não será imediata. “Eu não pude simplesmente retirar os radares e deixar a cidade sem fiscalização. Primeiro a gente instala as lombadas, depois remove os pardais. É uma mudança gradual, mas necessária”, disse.
O prefeito também criticou o modelo anterior, que segundo ele não oferecia instrumentos de sinalização adequados. “O contrato antigo não tinha o sinalizador de velocidade, não tinha os demarcadores de atenção. O motorista passava sem perceber e era multado. Esse formato eu não aceito”, completou.
Atualmente, alguns pontos de Cuiabá já contam com lombadas eletrônicas nesse modelo, como na MT-251, próximo ao Mercado Paulista, e na Avenida Beira Rio, em frente ao Parque de Exposições. A gestão pretende expandir o sistema para outras áreas de grande fluxo.
“A função da fiscalização eletrônica deve ser reduzir a velocidade para salvar vidas, nunca ser uma indústria da multa. Esse é o caminho que vamos seguir”, concluiu Abilio no podcast.
Assista abaixo a entrevista completa:
Cuiabá prepara leilão de terrenos e espera levantar R$ 80 milhões
Troca na Semob marca a 4ª mudança no secretariado de Abilio
