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EUA desconfiam que a DeepSeek usa processadores proibidos; faz sentido?

À medida que a DeepSeek abala os mercados globalmente com o lançamento de sua nova ferramenta de Inteligência Artificial (IA) de baixo custo, os EUA desconfiam que a empresa chinesa tenha usado processadores proibidos, questionando a eficácia dos controles de exportação de tecnologia para a China.

Os modelos de IA, do ChatGPT à DeepSeek, exigem chips avançados para alimentar seu treinamento. Mas, desde 2021, o governo de Joe Biden ampliou o escopo de proibições destinadas a impedir que essas tecnologias sejam exportadas para a China.

No entanto, pesquisadores da startup chinesa escreveram, em um artigo no mês passado, que usaram os chips H800 da Nvidia para treinamento, gastando menos de US$ 6 milhões.

Esse tipo de ferramenta de processamento é inferior às geralmente usadas pelas outras empresas — como os H100 e H200 — e por isso, seu uso efetivo pela DeepSeek tem sido contestado desde então.

“Sabe-se que existe um mercado de contrabando desses chips [mais potentes] para China. Mas ainda assim, precisaria ter uma quantidade muito grande para ter algum efeito”, diz Diogo Cortiz, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Ou seja, a possibilidade existe, mas não há evidências de que a DeepSeek use chips contrabandeados proibidos pelos EUA, pontuou Cortiz.

Na segunda-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a tecnologia da startup chinesa DeepSeek deve servir de alerta para as empresas norte-americanas, mas ainda avaliou o movimento como positivo.

Criatividade de mão dada com a escassez

A criação da nova ferramenta, que fez com que as ações de tecnologia — incluindo as do grupo das “7 magníficas” — amargassem queda, está relacionada com a escassez de recursos tecnológicos na China, devido ao embargo americano na exportação de chips avançados.

Essa é a avaliação de Emerson Lima, fundador e CEO da Sauter, o qual afirmou em entrevista ao CNN Money que “essa escassez de recursos fez com que os chineses tivessem que ser mais criativos”.

Esse movimento levanta dúvidas sobre a corrida das big techs em torno da inteligência artificial e a eficácia dos bilhões de recursos movimentos nos últimos anos.

Lima destaca que o volume de investimentos em IA nos Estados Unidos tem sido “bastante surreal nos últimos anos”, com promessas de mais de US$ 500 bilhões exclusivamente para essa ferramenta.

No entanto, o país enfrenta desafios de infraestrutura, incluindo a falta de data centers suficientes para processar a quantidade de tecnologia de IA em desenvolvimento, pontuou o especialista.

Veja empregos que ganham e perdem com a inteligência artificial

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