Acusado de desviar R$ 1,9 milhão dos cofres públicos, o ex-deputado Joaquim Sucena Rasga não vai a julgamento este ano. A Justiça aceitou laudo médico que comprova que ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e remarcou a audiência para maio de 2026.
De acordo com laudo apresentado pela defesa, o ex-parlamentar sofreu o AVC no dia 5 de outubro e está impossibilitado de participar de audiências presenciais pelos próximos seis meses. O documento, assinado por um neurologista, foi anexado ao processo em 20 de outubro.
A decisão é do juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara de Ações Coletivas de Cuiabá, que aceitou o pedido da defesa e considerou o problema de saúde como motivo de força maior.
De acordo com laudo apresentado pela defesa, o ex-parlamentar sofreu o AVC no dia 5 de outubro e está impossibilitado de participar de audiências presenciais pelos próximos seis meses.
Ele também determinou que as partes podem participar por videoconferência, caso prefiram, usando um link disponibilizado pela Justiça.
Acusação
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), Joaquim Sucena teria recebido vantagens indevidas enquanto exercia função pública, causando prejuízo aos cofres do Estado. O órgão afirma que o valor de R$ 1,92 milhão foi pago de forma irregular e pede que o ex-deputado devolva integralmente o dinheiro, com correção monetária.
O caso é tratado como ato de improbidade administrativa e busca o ressarcimento do prejuízo causado ao erário. O processo foi aberto em 2022.
Joaquim Sucena foi deputado estadual por Mato Grosso entre 1983 e 2003, atuando como titular por quatro mandatos seguidos. Depois, voltou à Assembleia como suplente, exercendo o cargo por um período da legislatura que foi até 2011.