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ex-funcionários lembram rotina estressante de trabalho

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Coletivo de Campo Grande ouviu, nesta quarta-feira (11), dois ex-funcionários do Consórcio Guaicurus, empresa responsável pela gestão dos ônibus coletivos da capital.

Vereadores que integram a comissão. (Foto: Rafaela Moreira)

Durante depoimento remoto, Weslei Conrado Moreli descreveu as más condições de trabalho e dos veículos.

“Às vezes falta freio, o painel de velocidade não funciona, o motorista não consegue ver qual é a velocidade na pista — muitas vezes, alta. Potência do motor insuficiente para levar um ônibus lotado. É elevador estragado, luzes queimadas; em época de chuva, a água caía em cima da gente.”

Weslei Conrado Moreli.

Weslei também se queixou da falta de treinamentos e lembrou as inúmeras reclamações que ouvia dos usuários.

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Weslei Conrado, durante depoimento na CPI. (Foto: Rafaela Moreira)

“Era triste, porque você olhava nos olhos da população e via que ela já não aguentava mais pedir socorro. Os passageiros reclamavam do horário, da superlotação. É uma falta de respeito com o povo, porque eles simplesmente jogam o povo dentro daquela sucata. Uma vez eu ouvi de um encarregado: ‘Coloca até não caber mais’.”

Weslei Conrado Moreli.

Weslei passou a ter problemas de saúde por conta da rotina desgastante de trabalho e decidiu pedir demissão após um ano e oito meses na empresa, em um dia em que o estresse se tornou insustentável.

“Avisei meu encarregado que o freio do ônibus não estava bom, que o veículo precisava de mais potência, mas ele disse que só havia aquele ônibus. Aí eu parei o ônibus, desabafei com os passageiros, avisei que os deixaria no terminal e, de lá, levei o ônibus para a garagem e fui embora.”

Weslei Conrado Moreli.

A comissão também ouviu, nesta tarde, Gabriel da Silva Solza Almeida, que trabalhou como bilheteiro do Consórcio Guaicurus entre junho de 2023 e janeiro de 2024.

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Gabriel da Silva Solza Almeida, durante depoimento na CPI. (Foto: Rafaela Moreira)

À comissão, Gabriel apontou problemas estruturais nas cabines onde os cobradores atuam, leu o relato de funcionária que alega ter sofrido perseguições após apresentar atestados por problemas de saúde e se queixou das más condições de trabalho enfrentadas pelos demais colaboradores da empresa. Ele afirma ter sido demitido após criticar as escalas de trabalho estipuladas pelo consórcio.

A agenda da CPI do Transporte Público segue na segunda-feira (16), com o depoimento de João Rezende, ex-diretor-presidente do Consórcio Guaicurus.

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