O ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Éder de Moraes, se envolveu em um episódio de tensão durante a sessão da Câmara Municipal de Diamantino, na noite dessa segunda-feira (13), ao tentar intervir na leitura do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura contratos firmados entre o município e a Associação Médica Especializada (AME).
A confusão começou quando a vereadora Monize Costa (União Brasil), filha de Éder e relatora da CPI, citou a colega Michelle Carrasco (União Brasil) em seu parecer. Incomodada com a menção, Michelle reagiu em tom crítico, afirmando:
“Nunca tive pai condenado pela Justiça”, em referência às condenações judiciais envolvendo Éder.
A declaração gerou reação imediata do ex-secretário, que estava na galeria. Ele tentou subir à tribuna para rebater a crítica e defender a filha, mesmo sem autorização para se manifestar, provocando tumulto e obrigando o presidente da Câmara a suspender a sessão. Veja o vídeo abaixo:
O clima permaneceu tenso até que Éder fosse retirado do plenário. Até o momento, a Câmara não informou se haverá investigação formal sobre o episódio.
Éder de Moraes já ocupou cargos de destaque no governo estadual, incluindo a Secretaria de Fazenda, e foi alvo de investigações e condenações relacionadas a corrupção e crimes financeiros.
Éder de Moraes Dias soma 180 anos de prisão por ações de corrupção e contra o sistema financeiro em ações penais da Operação Ararath, que foi deflagrada em 2013. Foram oferecidas 17 denúncias nas oito fases da operação em que atuou.
A primeira ação penal proposta pelo grupo resultou na sentença do ex-secretário-chefe da Casa Civil do governo de Mato Grosso Éder de Moraes e do ex-superintendente do Bic Banco no estado Luis Carlos Cuzziol, condenados a 69 e 31 anos de reclusão respectivamente. A operação também resultou na instauração de 56 procedimentos extrajudiciais, como rastreamento de bens, apuração de atos de improbidade administrativa e infrações penais.
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