De olho no bom momento do setor de consórcios no Brasil, o BTG Pactual passa a integrar produtos da Embracon diretamente em sua plataforma financeira. Detalhes da parceria do maior banco de investimentos da América Latina com a maior administradora de consórcios independente do País foram obtidos com exclusividade pelo BRAZIL ECONOMY.
A avaliação das duas companhias é de que o movimento consolida a entrada do consórcio em uma nova era. Para o BTG Pactual, reforça a posição do produto como uma solução inteligente e eficaz de gestão patrimonial no segmento de alta renda.
A solução se insere de forma estratégica no portfólio do banco, que agora combina, em uma única experiência, as frentes de crédito, investimento e consórcio, contemplando diferentes perfis e momentos de vida do investidor.
Para a Embracon, que vai oferecer consórcios de automóveis e imóveis no ecossistema do banco, trata-se de um dos canais mais significativos de uma operação que já tem demonstrado resultados importantes.
“A parceria com o BTG Pactual é um divisor de águas para o setor de consórcios. Em um cenário em que planejamento financeiro, diversificação de ativos e autonomia são pilares da boa gestão patrimonial, o consórcio desponta como uma alternativa moderna, sofisticada e alinhada às novas demandas do investidor contemporâneo”, afirmou Luís Toscano, vice-presidente de Marketing e Vendas da Embracon, ao discorrer sobre os benefícios do consórcio, que oferece aos clientes uma alternativa segura, planejada e isenta de juros para aquisição de bens, com potencial de valorização patrimonial ao longo do tempo.
Com 37 anos de atuação e mais de meio milhão de bens entregues, a Embracon lidera o setor entre as administradoras independentes. Atingiu a marca de R$ 34 bilhões em créditos comercializados entre janeiro e outubro de 2025, o que representa um crescimento de 89% em relação ao mesmo período anterior.
Com esses números, a companhia não apenas bateu o próprio recorde, como também superou, com dois meses de antecedência, a meta prevista para este ano.
A Embracon mantém expectativas positivas para 2026, já que especialistas do mercado financeiro projetam que a taxa básica de juros (Selic) deve permanecer alta no próximo ano, apesar de uma pequena queda em relação aos atuais 15% ao ano.
“Ver o consórcio crescer em ritmo tão acelerado é motivo de grande entusiasmo para quem acredita no poder do planejamento. O consumidor entendeu que é possível conquistar sonhos sem se endividar, com mais controle e menos ansiedade. O consórcio virou protagonista porque respeita o tempo e o bolso das pessoas”, frisou Toscano, ao avaliar que a parceria com o BTG Pactual consolida esse momento de expansão.
Recordes de um setor em alta
A parceria entre Embracon e BTG Pactual ocorre quando o setor vive uma onda positiva — já há alguns anos, diga-se. No ano passado, registrou um recorde no índice de créditos comercializados, que é a soma de todas as cotas vendidas no acumulado do ano.
O volume foi de R$ 378,73 bilhões, 19,6% maior que o do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).
Em 2025, o segmento segue aquecido. De janeiro a agosto, as vendas somaram R$ 313,72 bilhões, 24,6% acima dos R$ 251,81 bilhões do mesmo período do ano passado. O número de participantes do Sistema de Consórcios também bateu recorde, chegando a 12,09 milhões em agosto, 10,6% acima dos 10,93 milhões registrados no mesmo mês de 2024.
Para o ano que vem, a projeção é de 11% de crescimento em créditos vendidos. “2026 será um ano de implementar muita criatividade, persistir na superação de desafios e levar em conta que, dia após dia, mais brasileiros tomam consciência da importância da educação financeira, condição ideal para o crescimento das adesões, dos negócios e do número de participantes”, analisou Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC.
Por setor, a entidade projeta crescimento de 25% no consórcio de imóveis em 2026, impulsionado pelo desejo da casa própria e pela busca por investimento patrimonial. O aumento médio anual desse nicho é de 21% desde 2019.
Na modalidade de motocicletas, o avanço esperado é de 7%, mantendo o desempenho acima das expectativas em 2025. Já em veículos leves, maior segmento em participantes ativos, o crescimento deve permanecer constante, em torno de 6%.