O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou ao podcast Política de Primeira que dois episódios durante a pandemia da covid foram cruciais para a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. Para ele, declarações do ex-presidente em momentos de crise sanitária e na saúde foram fundamentais para a escolha do eleitorado.
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Valdemar vê chance de Eduardo Bolsonaro em 26 e ameniza atrito
“Depois do segundo turno foi um caos. Porque aquela eleição foi um empate. Dois milhões de votos [de diferença] em 120 milhões é empate. Aí você pensa naquela bobagem que você fez na pandemia. Na pandemia ele falou umas duas bobagens lá que ele brigou… Aí você pensa, quando aconteceu aquele evento, ele fez uma brincadeira na pandemia, uma bobagem, aquilo ficou rodando direto na mídia. Aquilo foi mortal para ele. Ele perdeu o apoio das mulheres”, avaliou.
‘Não sou coveiro’ e a tosse
Valdemar citou dois episódios específicos que, em sua visão, marcaram negativamente a imagem de Bolsonaro no combate ao coronavírus.
“Um que ele tossiu, um que ele fala ‘morrendo’. E o outro [vídeo] que apareceu um monte de covas e que ele falou que não era coveiro. Isso foi mortal [para a reeleição]”, disse.
Militares e cortes
O presidente do Partido Liberal também criticou a forma como Bolsonaro conduziu a comunicação oficial durante o mandato. Segundo ele, o corte de recursos de publicidade afetou a relação do governo com a imprensa e contribuiu para ampliar os efeitos das falas polêmicas.
“Quando ele entrou no governo, só tinha militar com ele, cortou toda a publicidade. Não podia ter cortado. Corta 50%, corta 30%, porque a imprensa emprega milhares de pessoas. Ele foi brigar com esse pessoal, cortou tudo, de repente”, afirmou.
