Dois projetos que aliam produção sustentável e tecnologia serão levados pelo Sistema Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Sistema Famato) à COP30, em Belém (PA). A Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS) e o AgriHub Conecta serão destaque na AgriZone, espaço técnico coordenado pela Embrapa e dedicado à agricultura sustentável.
Com metodologia da Embrapa Pantanal, a FPS combina ciência, inovação e gestão. Avalia as fazendas por 56 indicadores (ambientais, econômicos e socioculturais) e comprova que é possível produzir com responsabilidade e preservar o bioma. Em cinco anos de projeto-piloto, a idade ao primeiro parto das vacas caiu de 34 para 28 meses e a taxa de prenhez subiu de 41% para 70,9%. Hoje, o programa reúne 72 fazendas, 112 mil cabeças e 247 mil hectares monitorados, com efeito indireto em mais de 300 mil hectares.
A FPS realiza diagnóstico e aprimoramento da produtividade econômica, do bem-estar social e da qualidade ambiental das propriedades
Realizada por meio do Senar MT e Embrapa Pantanal, a FPS reforça a vocação do Pantanal para produção com conservação. Dados da Embrapa indicam que 93% da área está em propriedades privadas e 84% mantém cobertura conservada. A assistência técnica e gerencial (ATeG) do Senar MT é quem transforma recomendação em ganho zootécnico e ambiental, com resultados auditáveis fazenda a fazenda.
“Além de abrigar uma riqueza biológica singular, o Pantanal cumpre papel estratégico na regulação do clima e na manutenção dos ciclos hídricos. Quando bem manejada, torna-se aliada da conservação e da produção. É isso que a Fazenda Pantaneira Sustentável comprova com método e indicadores: é possível gerar renda, preservar e planejar um futuro seguro para a região”, afirma Vilmondes Tomain, presidente do Sistema Famato.
A apresentação da FPS será feita por técnicos da Famato em painel na quarta-feira (12/11), das 14h30 às 15h25 (horário de Mato Grosso).
SOLUÇÃO E INOVAÇÃO NO CAMPO – Outra iniciativa em destaque na COP30 é o AgriHub Conecta, rede de inovação do Sistema Famato que aproxima produtores de startups e empresas de tecnologia para resolver problemas reais do campo. O método parte do diagnóstico das “dores” da fazenda, seleciona soluções que fazem sentido e valida as empresas antes do contato com os produtores.
Entre os gargalos mais frequentes estão regularização fundiária, custos de insumos, energia, segurança, conectividade e falta de mão de obra qualificada. A proposta é levar tecnologia que faça sentido na rotina da propriedade.
O AgriHub Conecta traduz a inovação em resultados práticos, mostrando exemplos reais e promovendo o diálogo direto com as startups
“O AgriHub Conecta aproxima produtor e tecnologia com método. Começa pelas dores reais da fazenda, valida as soluções e só então escala. Assim reduzimos custo, ganhamos eficiência e melhoramos rastreabilidade. Conectividade e energia ainda são gargalos, mas já há respostas práticas. Nosso foco é inovação que cabe na rotina do produtor e gera impacto medido”, afirma o superintendente do AgriHub, Cleiton Gauer.
A apresentação do AgriHub Conecta ocorrerá na terça-feira (18/11), das 13h às 14h15 (horário de Mato Grosso).
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