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Fed mantém juros inalterados nos EUA entre 4,25% e 4,5% em meio incertezas

O Federal Reserve (Fed) manteve os juros nos Estados Unidos entre 4,25% e 4,5%, segundo decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) anunciada nesta quarta-feira (19).

Foi a segunda reunião seguida de manutenção das taxas.

A decisão já era esperada pelos analistas do mercado em meio às incertezas geradas pela política econômica de Donald Trump, sobretudo a taxação de importações.

O mercado prevê nova manutenção do atual patamar no próximo encontro do Fed, em maio, com expectativa de corte apenas em junho, segundo dados do FedWatch, da CME.

Em janeiro, no primeiro encontro de 2025, o Fed interrompeu o ciclo de cortes iniciado em setembro do ano passado, quando a taxa de juros nos EUA estava em 5,25% e 5,5%.

Em nota, a autoridade monetária ressaltou que a economia norte-americana continua se expandindo em ritmo sólido, enquanto a taxa de desemprego se estabilizou em nível baixo.

Segundo o comunicado, dos 19 membros da autoridade monetária, 9 enxergam mais dois cortes dos juros nos próximos encontros. Já dois projetam três cortes, enquanto quatro não veem nenhum corte e quatro preveem um corte.

O colegiado manteve a previsão para os juros nos EUA encerrarem 2025 ao redor de 3,9%, mesma previsão de dezembro. Já para 2026, a expectativa é por uma taxa de 3,4%.

No longo prazo, as expectativas estão em 3%.

Incertezas no radar

Não alterar as taxas também permite que os formuladores de políticas do Fed vejam como a onda de mudanças de política do governo Trump afeta, em última análise, a economia dos EUA.

Isso inclui tarifas pesadas, deportações em massa e uma redução da força de trabalho federal.

Autoridades em sua declaração de política reconheceram o nível mais alto de incerteza atualmente, muito disso decorrente da terapia de choque de Trump.

Em discursos recentes, autoridades disseram que estão dispostas a ajustar as taxas de juros em qualquer direção, dependendo do que os números econômicos mostrarem.

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*Com informações da Reuters e CNN Internacional

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