O Governo Federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, divulgou uma nota oficial nesta segunda-feira (23) informando que acompanha de perto os esforços de resgate da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia.
A pasta afirma que mantém contato direto com as autoridades locais e atua para reforçar as operações na região.
Juliana está há três dias à espera de resgate em uma área remota do Monte Rinjani, um vulcão com 3.726 metros de altitude, localizado na ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km da capital Jacarta.
Conforme compartilhado pelo Itamaraty, o governo indonésio informou que a turista teria caído de um penhasco às margens da trilha que contorna a cratera do vulcão.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a embaixada do Brasil em Jacarta foi acionada pela família da jovem e, desde então, atua em articulação com autoridades indonésias.
O embaixador brasileiro entrou em contato com o diretor internacional da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia e com o diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres.
Ainda segundo a nota, dois funcionários da embaixada foram enviados ao local para acompanhar pessoalmente as ações.
O ministro das Relações Exteriores também iniciou conversas diretas com o governo indonésio, solicitando reforços para as equipes de busca.
A nota do Itamaraty ressalta que as condições meteorológicas adversas, como neblina e baixa visibilidade, têm dificultado o acesso até o ponto onde Juliana está.
Segunda suspensão no resgate
A operação de resgate de Juliana foi interrompida pela segunda vez nesta segunda-feira (23), segundo a família da jovem.
Relatos apontam que a equipe de busca conseguiu descer apenas 250 metros de um desfiladeiro, mas precisou recuar por causa do mau tempo. A estimativa é de que Juliana esteja a cerca de 600 metros abaixo da trilha.
Juliana fazia um mochilão sozinha pela Ásia desde o início do ano, e já havia visitado países como Filipinas, Vietnã e Tailândia. Natural de Niterói (RJ). Ela é publicitária e contratou uma empresa de turismo local para realizar a trilha em Lombok.
Informações publicadas no Instagram oficial do Parque Nacional Gunung Rinjani apontam que a publicitária foi monitorada com sucesso por um drone e permanece presa em um penhasco rochoso a uma profundidade de cerca de 500 metros, visualmente imóvel.
De acordo com as informações compartilhadas, duas equipes de resgate foram mobilizadas para chegar ao local da vítima e verificar o segundo ponto de ancoragem a uma profundidade de cerca de 350 metros.
Apesar disso, após observarem o local, os socorristas encontraram duas “saliências” que impossibilitaram a instalação da ancoragem.
A equipe de resgate teve que começar a escalar para tentar alcançá-la. No procedimento, as equipes enfrentaram “terrenos extremos e condições climáticas dinâmicas”, com neblina espessa que reduziu a visibilidade no local e aumentou o risco da operação. Então, por motivos de segurança, a equipe se recolheu e seguiu para uma posição segura.
Na sequência, ainda de acordo com as informações da administração do Parque Nacional Gunung Rinjani, foi realizada uma reunião de avaliação via Zoom com o governador da província de Sonda Ocidental.
A nota afirma que a orientação do Governador incentivou a aceleração da evacuação com a opção de uso de helicópteros, considerando o período crítico de 72 horas para resgates na natureza.
Acidente aconteceu no sábado (21)
O acidente aconteceu na madrugada de sábado (21), ainda sexta-feira (20) no Brasil. De acordo com a família, Juliana estava com um grupo de cinco pessoas e um guia. Ela teria informado que estava cansada, e o guia seguiu sozinho. Sem retorno de nenhum integrante do grupo, Juliana teria tentado sair do local e acabou caindo.
Ela foi localizada horas depois, por meio de imagens feitas com um drone por turistas que passavam pela trilha. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais e ajudaram a família a confirmar a localização da jovem.
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