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Healthtech aposta em tokenização para integrar o Brasil à economia da cannabis

Em meio ao avanço da tokenização no Brasil e ao fortalecimento do mercado de ativos digitais, a BudMed surge como nova aposta no uso terapêutico da cannabis, combinando tecnologia, ciência e impacto social. A healthtech, concebida pela LandBanker (empresa com mais de um ano de atuação no segmento e R$ 30 milhões em faturamento), projeta ultrapassar R$ 50 milhões de receita em 2026 e pretende atuar no Brasil, Estados Unidos, Alemanha e Suíça.

O cenário para a chegada da BudMed é favorável. Segundo o Brazil Tokenization Report 2025 – The Convergence Moment, o volume total de ativos tokenizados no País já supera US$ 1 bilhão, impulsionado por maior segurança jurídica e pela evolução regulatória do mercado. Nesse ambiente, a startup propõe um ecossistema digital que integra consultas, prescrição, aquisição de produtos e participação comunitária.

“Nossa missão é democratizar o acesso aos tratamentos com cannabis e criar um modelo em que pacientes, profissionais de saúde e investidores compartilhem valor”, afirma Tassio Gil, cofundador e CEO da BudMed. “A tecnologia permite unir ciência, inovação e impacto social de forma transparente e escalável.”

O funcionamento da plataforma é estruturado em um modelo híbrido que reúne teleconsultas médicas e odontológicas, prescrição digital e produtos certificados. A integração é feita por meio do BUD Token, ativo digital que viabiliza transações internas e incentiva o engajamento da comunidade, inclusive com participação em decisões do projeto.

O braço científico da healthtech é liderado pela cirurgiã-dentista Rafaela da Rosa, mestre em DTM e Dor Orofacial, doutoranda em Clínica Odontológica pela UFSC e coordenadora da pós-graduação em Cannabis na Odontologia pela Unyleya. Ela é responsável pela elaboração de diretrizes clínicas baseadas em evidências e pela construção de uma base de dados nacional sobre o uso terapêutico da cannabis.

“Cada diretriz é fundamentada nas melhores evidências disponíveis e adaptada à realidade brasileira, respeitando a autonomia dos profissionais de saúde”, explica a especialista. “Nosso objetivo é gerar dados reais sobre eficácia e apoiar políticas públicas consistentes.”

Para fortalecer sua atuação, a BudMed firmou parceria com a Associação Santa Cannabis, entidade autorizada judicialmente e reconhecida por rigor científico, trabalho comunitário e defesa da regulamentação do cultivo nacional. A associação tem cerca de 12 mil membros e se tornou referência no país.

Além da tecnologia, a BudMed adota um compromisso social: 20% da produção será destinada a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “Queremos garantir que o acesso ao tratamento não seja privilégio. Cada atendimento precisa contribuir para um modelo de saúde mais humano”, afirmou Gil.

Com operação estruturada inicialmente na Bahia, a startup planeja expansão para São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. No exterior, mantém conexão com polos de pesquisa, cultivo e desenvolvimento farmacêutico nos EUA, Alemanha e Suíça. “Estamos construindo uma ponte entre o Brasil e centros globais de inovação em cuidado integrativo”, disse Jussara Lemos Viana Gil Maia, sócia-fundadora.

Mercado terapêutico em expansão

O uso medicinal da cannabis vive um ciclo de expansão global. O mercado internacional de produtos derivados do cânhamo movimenta entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões por ano, podendo crescer de 16% a 25% ao ano até 2033. No Brasil, estudo da consultoria Escolhas aponta que, para atender à demanda projetada até 2030, seriam necessários 64 mil hectares de cultivo e cerca de R$ 1,23 bilhão em investimentos, com retorno estimado em R$ 5,76 bilhões e geração de 14,5 mil empregos diretos.

Mesmo sem regulamentação do cultivo, o número de pacientes cresce rapidamente. Segundo o 3º Anuário da Cannabis Medicinal no Brasil (Kaya Mind, 2024), o país já soma 672 mil pacientes, avanço de 56% em relação ao ano anterior. Mais da metade do mercado é abastecida por importações, e o setor deve movimentar R$ 853 milhões até o fim de 2024.

“O Brasil vive uma virada. A demanda cresce mensalmente, e a sociedade está mais disposta a debater o tema com base científica, não em estigmas”, afirmou Gil. “Com avanço regulatório e uso inteligente da tecnologia, o país pode se tornar referência mundial em pesquisa, produção e acesso ao uso terapêutico da cannabis.”

 

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