indígenas seguem de MT a Belém para COP30

Uma caravana com cerca de 300 participantes, formada por povos indígenas, comunidades tradicionais e movimentos sociais, partiu de Mato Grosso rumo a Belém (PA) para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

O grupo percorre aproximadamente 3 mil quilômetros pela chamada “Rota da Soja”, em um trajeto simbólico que busca denunciar os impactos socioambientais do projeto Ferrogrão e reforçar o protagonismo das populações da Amazônia nas discussões sobre o clima.

Povos da Amazônia percorrem a “Rota da Soja” para denunciar impactos da Ferrogrão na COP30. (Foto: Reprodução)

A iniciativa, articulada por diversas organizações socioambientais, pretende chamar atenção para o avanço do desmatamento e os riscos associados à expansão logística do agronegócio na região Norte. Um estudo da PUC-Rio / Climate Policy Initiative (CPI) aponta que a implementação da Ferrogrão, ferrovia projetada para o escoamento de grãos pelo rio Tapajós, pode causar o desmatamento de até 49 mil km² de floresta amazônica.

O projeto está suspenso por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), após questionamentos sobre falhas nos estudos de impacto ambiental e a ausência de consulta prévia às comunidades afetadas.

Durante o percurso, a caravana realiza atos públicos, debates e manifestações culturais em cidades e territórios impactados pela expansão agroindustrial. Os encontros promovem diálogo entre povos e organizações e buscam fortalecer pautas como a defesa dos territórios indígenas, a proteção da floresta e o combate às mudanças climáticas.

Na etapa final, os participantes seguirão em barco coletivo até Belém, que servirá como alojamento e cozinha solidária durante a conferência. A estrutura garante a presença das delegações populares na COP30 e simboliza a resistência das comunidades que vivem os efeitos diretos das políticas de exploração da Amazônia.

Com o lema de que “a Amazônia não é caminho, é casa”, os organizadores destacam que a caravana é mais do que uma jornada política — é um ato de afirmação dos povos tradicionais e um chamado global pela preservação da floresta e pela justiça climática.

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