O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (8) que Israel e o Hamas aceitaram o início de um plano de paz. O acordo foi fechado depois de reuniões no Egito e marca o primeiro passo para tentar acabar com a guerra na Faixa de Gaza, que já dura dois anos e deixou milhares de mortos.
Líderes de Israel consideram o acordo um passo importante, já o Catar defende que o pacto servirá para trazer paz, ajuda humanitária e a libertação dos reféns. O anúncio foi feito após dias de negociações no Egito, com participação dos Estados Unidos e apoio de países como Catar e Turquia.
O plano prevê a suspensão dos ataques, a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos e a retirada gradual das tropas de Israel de partes da Faixa de Gaza. Também está prevista a entrada de ajuda humanitária, com alimentos, medicamentos e combustível, para aliviar a crise que atinge a população do território.
Anuncio presidencial dos EUA
Donald Trump, também anunciou o acordo em sua rede social, alegando que estava “muito orgulhoso” de anunciar a primeira fase desse plano de paz. Segundo ele, o acordo prevê a libertação de todos os reféns em breve e a retirada das tropas israelenses para uma linha previamente acordada, como os primeiros passos rumo a uma paz duradoura.

(Foto: Divulgação/Redes sociais)
Trump destacou que o objetivo é garantir que todas as partes sejam tratadas de forma justa, e classificou o momento como um “grande dia” para o mundo árabe, muçulmano, Israel, os países vizinhos e os Estados Unidos.
Ele também agradeceu aos mediadores do Catar, Egito e Turquia pelo papel nas negociações e chamou o acordo de um evento histórico e sem precedentes que marca o início de uma nova fase de esperança para a região.

(Foto: Mohammed Salem)
Guerra que já dura dois anos
O acordo surge após dois anos de conflito intenso, iniciado em outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel e matou mais de mil pessoas. Em resposta, o governo israelense lançou uma ofensiva que devastou Gaza e deixou dezenas de milhares de mortos.
Desde então, a guerra provocou protestos em vários países e agravou a situação humanitária na região, com falta de água, energia e hospitais funcionando no limite.
Próximos passos
Nesta primeira fase, o Hamas deve liberar cerca de 20 reféns ainda neste fim de semana, enquanto Israel se compromete a soltar parte dos prisioneiros palestinos. Outras etapas do plano ainda serão discutidas, incluindo um cessar-fogo total e negociações políticas para tentar garantir uma paz duradoura.
O acordo representa uma chance de por fim a um conflito que já deixou milhares de feridos e mortos.
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