O banco privado suíço J. Safra Sarasin concordou em comprar 70% do dinamarquês Saxo Bank em um negócio avaliado em cerca de 1,1 bilhão de euros, informou o Saxo Bank nesta segunda-feira (10).
A Reuters noticiou no ano passado que o grupo dinamarquês, que oferece serviços digitais de investimento e trading, estava explorando diferentes opções estratégicas, incluindo uma venda.
Em um comunicado, o Safra Sarasin disse que acertou a compra da participação de 19,8% da finlandesa Mandatum, bem como a fatia de 49,9% do grupo chinês Geely, enquanto Kim Fournais, presidente-executivo do Saxo Bank, permanecerá em seu cargo e manterá sua participação de 28%.
“A experiência comprovada do Saxo Bank em investimentos digitais e plataformas de trading complementa perfeitamente a herança da J. Safra Sarasin de soluções personalizadas de gestão de patrimônio e ativos”, disse o banco suíço.
O acordo visa aumentar o potencial do J. Safra Sarasin, que tem US$ 247 bilhões em ativos de clientes, e do Saxo Bank, com US$ 118 bilhões em ativos de clientes, acrescentou o comunicado.
“Nosso negócio é basicamente focado no segmento de clientes de alto patrimônio líquido”, disse Daniel Belfer, presidente-executivo do J. Safra Sarasin, à Reuters nesta segunda-feira.
“O Saxo agora pode acrescentar o segmento de varejo (investor), além do segmento de trading institucional e o segmento de atacado que eles atendem.”
O banco tem planos de fechar novos acordos com bancos privados e empresas de gestão de ativos, acrescentou.
“No momento, não há nada nesse espaço, mas há planos. Estamos sempre procurando”, disse ele.
O “valuation” de todas as ações do Saxo Bank é de cerca de 1,6 bilhão de euros, avaliando a participação de 70% em cerca de 1,1 bilhão de euros, disse o Saxo Bank.
Em comunicado separado, a Mandatum disse que havia vendido sua participação no Saxo Bank por cerca de 319 milhões de euros.
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