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Mãe denuncia execução na operação e pede políticas para juventude

A confeiteira Tauã Brito, de 36 anos, denunciou que o filho, Wellington Brito, de 20 anos, foi executado durante a Operação Contenção, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. A ação, considerada a mais letal da história do estado, deixou 121 mortos.

Segundo Tauã, o corpo do jovem foi encontrado com as mãos amarradas, o que indica que ele estava rendido antes de ser morto. “Se um policial conseguiu amarrar o braço dele e dar uma facada, é porque ele não oferecia perigo. No Brasil, não há pena de morte”, afirmou a mãe, que classificou a operação como um massacre.

Wellington cresceu no Complexo da Penha e foi criado pela mãe e pela avó. Desde cedo, Tauã trabalhou como garçonete e vendedora para garantir os estudos do filho, que chegou a atuar como jovem aprendiz em um supermercado. Ela lembra dele como um jovem tranquilo, carinhoso e próximo da família, até ser cooptado pelo tráfico na adolescência.

Durante a operação, que envolveu cerca de 2,5 mil policiais, Tauã trocou mensagens com Wellington pela madrugada, pedindo que ele ficasse em casa e recitasse o Salmo 91. Horas depois, perdeu o contato. O corpo do rapaz foi encontrado na mata da Serra da Misericórdia, com sinais de violência.

“Eu nunca apoiei o que ele fazia, mas ele tinha o direito de se entregar”, lamentou. A mãe criticou o governo do estado e o governador Cláudio Castro por considerar a ação um sucesso. “Bem-sucedida para quem? A única coisa que ficou foram corpos”, questionou.

Ela também denunciou o descaso no recolhimento e na identificação das vítimas, que permaneceram horas ao sol e foram empilhadas na Praça São Lucas, na Penha. O corpo de Wellington teve de ser enterrado em caixão fechado.

Abalada, Tauã transformou o luto em denúncia e cobrou políticas públicas voltadas à juventude das favelas. “Faltam oportunidades e sobram armas. Minha guerra acabou, mas há muitas mães pedindo socorro por seus filhos”, afirmou.

Enquanto familiares questionam a letalidade da operação, o governo do Rio defende que a ação foi legítima e voltada ao cumprimento de mandados de prisão. Entidades de direitos humanos e movimentos de favelas, no entanto, classificaram a operação como chacina e pedem investigação independente sobre as mortes.

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