O governador Mauro Mendes (UB) voltou a criticar as leis brasileiras em meio a uma megaoperação policial que ocorre no Rio de Janeiro contra o avanço do Comando Vermelho (CV), nos complexos do Alemão e da Penha. Criminosos reagiram à ação policial usando ônibus como barricadas em diversas vias da cidade.
Até o momento 64 mortos foram contabilizados, sendo quatro policiais militares. Outros 55 corpos foram levados para Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, e ainda não constam do balanço oficial.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Mendes voltou a pedir maior rigor nas punições como forma de enfraquecer o combate ao crime.
“É lamentável que as leis brasileiras, durante tantos anos, permitiram que as coisas chegassem aonde chegaram. Bandido não respeita mais a polícia, nem o Judiciário, perdeu o medo das penas que são aplicadas. Nós precisamos mudar isso no Brasil”, afirmou.
O governador afirmou ainda que o enfrentamento realizado pela polícia fluminense “exige coragem” e parabenizou o governador Cláudio Castro (PL) pela condução das operações.
“A polícia está enfrentando os traficantes que reagiram com barricadas, queimando pneus e atirando contra a polícia. Quero parabenizar o governador Cláudio Castro e todas as forças de segurança do Rio de Janeiro”, disse.

Por fim, o chefe do Executivo mato-grossense lamentou as mortes registradas nos confrontos, mas reforçou que considera o enfrentamento necessário.
“Cenas como essas são lamentáveis, mortes são lamentáveis, mas é preciso ter coragem para enfrentar a criminalidade. Não é possível deixar que criminosos dominem bairros e cidades inteiras no nosso país”, completou. Veja vídeo abaixo:
A operação
Para conter a expansão do CV e prender lideranças da facção, a operação apreendeu ainda 93 fuzis apreendidos e prendeu 81 pessoas. Escolas e Universidades em áreas afetadas suspenderam as aulas presenciais.
Moradores do Complexo da Penha levaram pelo menos 55 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29).

Ainda nesta quarta-feira, a Prefeitura do Rio de Janeiro informou que não havia mais vias bloqueadas pelos criminosos.