O mercado financeiro engatou uma forte recuperação na véspera do feriado nos Estados Unidos nesta quinta-feira, que fecha os negócios em Nova York hoje e encurta o pregão de amanhã. A expectativa de corte nos juros pelo Federal Reserve em dezembro e a valorização de empresas ligadas à Inteligência Artificial impulsionaram Wall Street ontem.
Os índices acionários norte-americanos subiram pelo quarto dia consecutivo, apagando as perdas da semana passada. Porém, os ganhos não foram suficientes para zerar o saldo negativo de novembro. Por aqui, o Ibovespa acompanhou o movimento e cravou nova pontuação histórica, acumulando ganhos de 2,5% na semana e de 6% no mês.
Já o dólar recuou e está mais perto da faixa de R$ 5,30, em meio às apostas de que a taxa Selic começará a cair em janeiro – apesar do IPCA-15 levemente acima do esperado em novembro, mas dentro do intervalo de tolerância perseguido pelo Banco Central no acumulado em 12 meses.
Velhas apostas – sem a mesma fé
Assim, os mercados chegam hoje ao Dia de Ação de Graças com oscilações para cima, depois de antecederam ao período com movimentos para baixo. Não se trata de um comportamento confortável para os investidores assumirem algum tipo de retorno. Os ativos de risco apenas voltaram ao ponto de partida com o resgate de apostas esquecidas.
A questão é que não se sabe o quanto dessas expectativas – de política monetária e de inovação tecnológica – são apenas wishful thinking nem o quanto é precificação sustentada em variáveis econômicas. Fica a sensação de que é apenas um esforço coletivo de administrar a ansiedade – e ter pelo que agradecer neste Thanksgiving.
No fim, as velhas apostas foram reativadas e voltaram ao radar – mas não com a convicção necessária para ditar tendência. O embelezamento de carteiras típico da reta final de mês cria a sensação de impulso, mas o mercado segue inquieto, resgatando o que havia descartado recentemente apenas para garantir algum rendimento no fim do mês.
Passeio pelo mercado
Sem pregão em Nova York, as bolsas na Europa e na Ásia seguem o sinal positivo da véspera. Entre as moedas, o dólar mede forças em relação às rivais.
Nas commodities, o petróleo tem leve alta e o minério de ferro negociado em Dalian (China) avançou e fechou cotado próximo à faixa de 800 yuans a tonelada métrica. O ouro oscila em baixa, mas segue confortavelmente acima de US$ 4 mil.
Entre as criptomoedas, o Bitcoin se recupera e já está acima dos US$ 90 mil.
Agenda do dia
Indicadores
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- 14h30 – Brasil: Relatório mensal da dívida (outubro)
- 14h30 – Brasil: Caged (outubro)
Eventos
- EUA: Feriado de Ação de Graças fecha mercado financeiro
- 18h – Brasil: Reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)