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Ministra do TSE sofre racismo e AGU pede investigação da PF

Convidada para palestrar em um evento justamente voltado ao combate à discriminação, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia Santana Araújo, acabou sendo alvo do que o governo classificou como um caso grave de racismo institucional.

Mesmo após apresentar sua identificação funcional, ela foi barrada na entrada do seminário “Gestão Pública – Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação”, realizado na última sexta-feira (16), em Brasília.

Ministra Vera Lúcia Santana Araújo. (Foto: reprodução)

O episódio, considerado constrangedor e simbólico, só foi resolvido após intervenção direta da ministra, que precisou solicitar providências para ter sua entrada liberada. A situação provocou reação imediata da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, e nesta quarta-feira (21), o advogado-geral da União, Jorge Messias, pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar os fatos.

No documento, Messias fala em “urgência máxima” na investigação, exige a identificação dos envolvidos e cobra a responsabilização dos autores. “Reitero o compromisso da AGU com o enfrentamento de todas as formas de discriminação, especialmente o racismo estrutural que ainda persiste nas instituições brasileiras”, declarou.

Vera Lúcia foi indicada ao TSE pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e é conhecida por sua trajetória na defesa dos direitos das mulheres negras. A ironia do ocorrido — ser impedida de entrar em um seminário sobre assédio e preconceito — expôs, segundo entidades, o abismo ainda existente entre os discursos institucionais e as práticas cotidianas.

O seminário foi realizado no auditório do Centro Empresarial da Confederação Nacional do Comércio (CNC), onde funcionam vários órgãos federais, incluindo a própria AGU. Em resposta ao Tribunal, a Advocacia-Geral explicou que a segurança do prédio é feita por funcionários terceirizados contratados pelo condomínio. Mesmo assim, a entrada de uma ministra do TSE não foi garantida.

A denúncia reacendeu o debate sobre o racismo estrutural em ambientes públicos e corporativos — e agora, o caso deve seguir para apuração formal com acompanhamento do Ministério Público.

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