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O que rolou no 2º dia de audiência sobre trama golpista

O primeiro a prestar depoimento foi o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Segundo apurações da Polícia Federal (PF), o almirante teria oferecido suas tropas a Bolsonaro para apoiar iniciativas de caráter golpista.

Bolsonaro presta depoimento ao STF. (Foto: reprodução)

A declaração do oficial teria sido feita durante uma reunião realizada em 2022 com os chefes das Forças Armadas. Na ocasião, Bolsonaro apresentou análises que sugeriam a decretação de estado de sítio e a execução de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o interrogatório, o almirante negou que tenha disponibilizado as tropas da Força Aérea Brasileira (FAB) a Bolsonaro, conforme afirmou em depoimento o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior. “Não houve decisões. E o presidente não nos concedeu a palavra”, declarou.

Garnier reforçou que as declarações do então chefe do Executivo se limitaram a reflexões e inquietações de caráter geral. “Ele fez algumas observações e expressou o que me pareceram ser apreensões e avaliações de cenários possíveis, e não um plano ou propósito de direcionar os acontecimentos. A única preocupação que percebi, e que me pareceu concreta e relevante, foi com a segurança pública, para a qual a GLO é um mecanismo apropriado, dentro de determinados critérios.”

O ex-comandante também afirmou não ter recebido qualquer dado que indicasse irregularidades no processo eleitoral. No entanto, defendeu maior abertura nas eleições. “Quanto mais claros forem os procedimentos, maiores serão as garantias de que teremos transições tranquilas, inibindo a necessidade de uma ação como a GLO.”

Continuação dos depoimentos

Na tarde desta terça-feira (10), o primeiro a depor foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 70 anos.

Na sequência, os demais acusados serão ouvidos pelo ministro Alexandre de Moraes, seguindo a ordem alfabética. A previsão é de que a sessão termine às 20h.

Depoimentos

Os interrogatórios do chamado “núcleo 1” da acusação (grupo central ligado ao suposto plano golpista) estão ocorrendo entre os dias 9 e 13 de junho, sob a coordenação do ministro Alexandre de Moraes.

  • Walter Braga Netto (general e ex-ministro da Defesa)
  • Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça/DF)
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)

Etapa do processo

Esses interrogatórios fazem parte da fase de instrução da ação penal — etapa final antes do julgamento. A expectativa é que o julgamento ocorra no segundo semestre de 2025, quando será decidida a condenação ou absolvição dos réus

Possíveis penas

A somatória das penas em caso de condenação pode ultrapassar 30 anos de prisão.

    1. Acompanhe o depoimento de Bolsonaro no STF

    2. STF retoma interrogatórios: ex-comandante da Marinha é um dos réus

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