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Pentágono manda jornalistas pedirem “permissão” para publicar e gera onda de críticas nos EUA

Jornalistas que atuam na cobertura do Pentágono, em Washington, terão que seguir uma nova regra polêmica: antes de publicar qualquer reportagem sobre o Departamento de Defesa, deverão submeter os textos à revisão de agentes do governo. Caso se recusem, correm o risco de ter as credenciais de acesso suspensas.

Trump tem feito uma escalada contra a mídia norte-americana. (Foto: Reprodução)

A medida, anunciada nesta semana, foi imediatamente classificada como um ataque à liberdade de imprensa por associações jornalísticas e organizações de defesa da Constituição norte-americana.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, minimizou as críticas dizendo que a imprensa não comanda o Pentágono .

Reação imediata

O Clube Nacional de Imprensa, uma das principais entidades de defesa de jornalistas no país, afirmou que a decisão representa “um ataque direto ao jornalismo independente, exatamente onde o escrutínio mais importa: nas Forças Armadas dos EUA”.

Mike Balsamo, presidente do Clube, destacou que por décadas os repórteres do Pentágono desempenharam papel essencial em mostrar ao público como as guerras eram travadas. “Esse trabalho só foi possível porque os repórteres puderam buscar fatos sem precisar da permissão do governo”, disse.

Balsamo alertou ainda para os riscos de censura: “Se as notícias precisam ser aprovadas pelo governo, o público não pode mais receber reportagens independentes. Está recebendo apenas o que as autoridades querem que ele veja. Isso deveria alarmar todos os americanos. O jornalismo independente sobre as Forças Armadas é vital para a democracia”.

Suspeita de inconstitucionalidade

A Fundação Liberdade para Imprensa classificou a regra como “a mais grave violação” da Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão e de imprensa nos EUA. “O governo não pode proibir jornalistas de divulgar informações públicas simplesmente alegando que são secretas”, afirmou a entidade em nota.

Especialistas em direito constitucional também apontam que a medida abre precedentes perigosos para a censura estatal em outras áreas além da cobertura militar.

Escalada contra a mídia

A decisão do Pentágono é mais um capítulo da tensão entre o governo Trump e veículos de comunicação críticos à administração republicana. Em maio, já haviam sido impostas restrições à circulação de jornalistas dentro do prédio do Departamento de Defesa, limitando o acesso a áreas antes abertas.

Na semana passada, Trump ameaçou retirar licenças de rádios e TVs que publicam conteúdo considerado desfavorável ao governo. Além disso, a rede ABC suspendeu “indefinidamente” o programa do apresentador Jimmy Kimmel, conhecido crítico do presidente, após pressão direta da Casa Branca.

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