Para o economista da iHub Investimentos, Lucas Sharau, um fundo de previdência deve seguir uma política de investimentos mais criteriosa que o restante do mercado, devido à seriedade dos recursos com os quais lida.
Ao olhar para os resultados recentes da Previ, que acumulou déficit de R$ 17,6 bilhões no ano de 2024, Sharau acredita que o fundo de gestão dos aposentados do Banco do Brasil fez uma análise equivocada ao decidir como fazer a alocação do fundo.
“Previdência é [um setor] muito sério no Brasil e tem que ser gerido com a mesma seriedade. Um gestor, para tomar decisão, precisa ter uma ferramenta para fazer a gestão desse risco. […] Provavelmente faltou material para decidir como fazer essa alocação”, afirmou ao CNN Money.
Cerca de 27% dos R$ 228 bilhões do fundo estão alocados em ativos de renda variável. Outros 62,5% em títulos de renda fixa.
Sharau lembrou de opções mais seguras de investimento em 2024 — como alguns títulos do Tesouro e o ouro — que acabaram dando retornos aos seus optantes.
“Deveria haver por parte do investidor um equilíbrio na sua alocação tendo em vista esses riscos que o mercado oferece”, pontuou.
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