Diante do aumento dos casos de agressões físicas e verbais contra profissionais da saúde durante o exercício de suas funções, o deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) propõe a convocação de policiais militares da reserva remunerada para atuarem como reforço de segurança em unidades de saúde, com prioridade para Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Prontos-Socorros.
A propositura prevê que os policiais militares da reserva sejam chamados para o serviço ativo, recebendo um adicional salarial de aproximadamente 30%, variável conforme o posto ou graduação. A iniciativa inclui ainda a necessidade de avaliação da viabilidade jurídica e orçamentária da medida, além da definição de critérios operacionais e administrativos, como jornada de trabalho, processo de seleção dos convocados e possível treinamento ou reciclagem.
Segundo o parlamentar, essa estratégia já é aplicada em diversos estados brasileiros como uma solução eficaz para atender demandas emergenciais e garantir maior segurança em ambientes sensíveis, protegendo tanto os profissionais quanto os pacientes. A proposta também visa valorizar os policiais da reserva e otimizar a utilização do efetivo ativo da corporação.
A sugestão será oficializada por meio de requerimento, que será apresentado por Faissal na sessão da próxima quarta-feira (13). O parlamentar afirma que a proposta foi desenvolvida em conjunto com o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), representado pelo presidente Diogo Sampaio e o vice-presidente Adriano Pinho.

A decisão ocorreu após reunião entre o parlamentar e a entidade, motivada pelo aumento das agressões contra médicos e pela preocupação com o impacto dessas situações na qualidade do atendimento público.
“A medida possibilita reforçar a segurança das unidades de atendimento médico, em especial em horários de maior circulação, além de valorizar o policial da reserva e otimizar o uso do efetivo ativo. Acreditamos que o diálogo é fundamental para a construção de soluções eficazes e de políticas públicas que visem à valorização e proteção dos médicos que atuam nas unidades de saúde em Mato Grosso”, afirmou Faissal Calil.
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