A inflação está se aproximando da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE) e o nível para o qual os juros podem ser reduzidos dependerá de dados que confirmem que a alta dos preços está convergindo para essa meta de forma sustentável, disse o vice-presidente do banco ao jornal eslovaco Hospodarske Noviny.
“Estamos confiantes de que isso ocorrerá este ano, mas ainda há uma série de incertezas, principalmente em relação à situação geopolítica, que precisamos levar em conta”, disse Luis de Guindos em uma entrevista publicada nesta quarta-feira.
“Portanto, mesmo que nossa trajetória atual sob as circunstâncias atuais seja clara, ninguém sabe o nível em que as taxas de juros terminarão”, acrescentou.
De Guindos também disse que estimar a ameaça das políticas econômicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a meta de inflação do BCE é mais difícil do que estimar como elas afetarão as perspectivas de crescimento da economia global.
“Estimar o impacto sobre a inflação é mais difícil devido ao efeito atenuante das tarifas sobre a demanda e o crescimento, bem como ao fato de que tarifas seletivas podem fazer com que o comércio seja redirecionado e desviado”, acrescentou de Guindos.