O governador Eduardo Riedel (PP) concedeu entrevista, nesta quinta-feira (21), ao telejornal Bom Dia MS e à Morena FM e comentou os desafios de Mato Grosso do Sul no cenário econômico e político. Entre os temas, destacou as alternativas encontradas após o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos, a sua recente filiação ao Progressistas e a saída do PT da base aliada do governo.
🎧 Ouça a entrevista completa de Riedel à Morena FM:
Saída do PT não afeta gestão
No âmbito da política, Riedel comentou sua saída do PSDB e ingresso no Progressistas, oficializada na última terça-feira (18) em Brasília, dentro do processo de reorganização partidária no país.
Ele descartou mudanças em seu secretariado por razões político-partidárias e minimizou o anúncio do PT de deixar a base do governo estadual.
“O PT definiu a saída da base por motivos deles, e tudo bem. Vou recebê-los para entender as motivações, mas impacto nenhum. A gente continua trabalhando independente, para as pessoas e para o público, com diretriz e monitoramento dos resultados”, afirmou.
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Último governador do PSDB, Riedel assina filiação ao PP
Missão internacional para driblar sanções
Riedel relatou a viagem à Índia, Japão e Singapura para ampliar mercados e atrair investimentos, após a imposição de tarifas pelos EUA. Segundo ele, a medida de Washington afetou principalmente as exportações de carnes e tilápia sul-mato-grossenses.
“Toda crise é uma oportunidade. Grandes oportunidades estão surgindo para o Brasil, em especial para Mato Grosso do Sul”, afirmou o governador, ao destacar a aproximação com importadores asiáticos e a expectativa de abertura do mercado japonês para a carne bovina a partir de novembro.
Ajustes fiscais e queda de arrecadação
Questionado sobre o decreto que prevê corte de até 25% em contratos e despesas, o governador explicou que a medida foi necessária diante da queda na arrecadação do ICMS sobre o gás importado da Bolívia.
“Mais fácil é subir imposto. Mas a gente não sobe imposto. Buscamos o caminho da redução de gasto num momento difícil, para preservar investimentos”, ressaltou.

Combate à violência contra a mulher
Na reta final da entrevista, Riedel ressaltou os avanços na política de proteção às mulheres e combate à violência doméstica, destacando a digitalização de processos e a integração entre governo e órgãos de justiça.
“Hoje, em um minuto, o processo já está disponível para o Judiciário, Ministério Público e Defensoria. É uma transformação estrutural que está surtindo efeito, ainda que seja um trabalho contínuo de curto, médio e longo prazo.”
Prorrogado nesta quarta-feira (20), o grupo de trabalho para ‘desafogar’ os boletins de ocorrência na Deam, tiveram intenso trabalho: dos aproximadamente 5,4 mil boletins que estavam represados, foram instaurados pouco mais de 4,9 mil inquéritos, outros 250 pedidos demais providencias e cerca de 79 restituídos (quando é devolvido ao solicitante) e 26 arquivados. As informações foram repassadas pela assessoria de imprensa do governo após a entrevista de Riedel.