A sessão ordinária desta quinta-feira (21) da Câmara de Barra do Bugres foi encerrada pelo presidente da Casa, vereador Júnior Chaveiro (PL), em meio à pressão de moradores que lotaram o plenário para cobrar soluções para a falta de água no município. A população denuncia que sofre há dias com o racionamento e reclama que o problema é antigo.
A situação ficou mais tensa quando o vereador Alex Costa Aguiar (UB) subiu à tribuna da Câmara e parabenizando a população pelo manifestação. Ele afirmou ainda exibiu convidou a prefeita Maria Azenilda Pereira (Republicanos) para participar da sessão. No entanto, ela não foi e nem mandou representante.
O Primeira Página tentou contato com a prefeitura, mas não obteve retorno até publicação dessa reportagem, não obtivemos retorno.
Ao saber do convite e da ausência da administradora, a reação do público foi imediata. Vaias, xingamentos e muito barulho levaram o presidente da Câmara, o vereador Júnior Chaveiro (PL) a pedir silêncio.
A retirada de um repórter que entrou no plenário para registrar a fala do vereador reacendeu os protestos. Diante do clima de instabilidade, o presidente decidiu encerrar a sessão antes que o vereador Alex Costa pudesse concluir seu pronunciamento. Veja o momento abaixo:
Mesmo com o encerramento da sessão, os moradores continuaram a manifestação no local. Procurada pela reportagem, à Câmara de Barra do Bugres não se manifestou sobre o ocorrido até a publicação.
O que diz a empresa responsável pelo abastecimento?
O coordenador do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Barra do Bugres, Josoel Izídio Barbosa, as recentes reclamações de falta de água no município é consequência direta do período de seca, aliado ao aumento expressivo no consumo da população.
A captação de água é feita do Rio Paraguai e do Rio Bugres por meio das Estações de Tratamento (ETA) do Centro e do bairro Maracanã. A cidade não dispõe de outros reservatórios ou alternativas de captação.
De acordo com o coordenador, nesta época do ano o consumo de água não apenas dobra, mas chega a triplicar. A demanda extra ocorre porque os moradores utilizam mais água para irrigação de plantas, lavagem de calçadas, veículos, para higiene pessoal, entre outras atividades.
Ele relatou que, na segunda segunda-feira (18), um problema na captação interrompeu o fornecimento por cerca de duas horas e meia, o que provocou um colapso temporário em toda a rede. No entanto, o coordenador afirmou que o problema já foi resolvido.
“Quando isso acontece no período de chuva, a recuperação é rápida, porque o consumo é menor. Mas na seca, a normalização pode levar de quatro a cinco dias. Hoje todos os bairros estão recebendo água. O que acontece é que, em algumas casas, a pressão não é suficiente para encher as caixas, mas no nível inferior à água chega normalmente”, disse.