superlotação e atrasos lideram denúncias

A ouvidora da CPI do Transporte Coletivo da Câmara Municipal de Campo Grande registrou, até esta segunda-feira (14), 368 denúncias enviadas nos mais diversos canais. Nos registros, superlotação, atrasos e irregularidades nos horários, e má conservação dos veículos lideram as reclamações.

CPI do Transporte vai investigar ônibus de Campo Grande (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

Conforme o relatório parcial, os usuários relataram que os ônibus “frequentemente operam com capacidade excedida, dificultando o embarque e desembarque, especialmente nos horários de pico”. 

Como exemplo, quem precisa utilizar a  linha 080 (Jardim Seminário), enfrenta passageiros “pendurados nas portas”. Já na linha 109, a lotação faz com que não haja condição adequada de viagem. Veja abaixo outras 9 reclamações que lideram as denúncias.

  1. Em 16 dias, CPI do Transporte Coletivo recebeu 285 denúncias

  2. CPI do Consórcio Guaicurus coloca representantes do transporte na mira

  • Atrasos e Irregularidades nos Horários

Descrição: Ônibus não cumprem os horários previstos, gerando atrasos recorrentes para passageiros.

Exemplos:

Linha 520: Atrasos frequentes em horários de pico.

Linha 72: Ônibus reforço chega atrasado ou não aparece.

Impacto: Comprometimento da pontualidade no trabalho, escola e compromissos pessoais.

  • Má Conservação dos Veículos

Descrição: Frota sucateada, com problemas como goteiras, bancos soltos, janelas quebradas e elevadores defeituosos.

Exemplos:

Ônibus da linha 070: Elevador para deficientes quebrado e motor fundido.

Linha 109: Chuva dentro do ônibus e veículos velhos.

Impacto: Falta de conforto, risco de acidentes e problemas de acessibilidade.

Descrição: Redução de linhas e frota insuficiente para atender à demanda.

Exemplos:

Bairros como Caiobá e Zé Pereira relatam retirada de linhas essenciais.

Linha 303 Bonança: Reforço matinal interrompido sem explicações.

Impacto: Longos intervalos entre os ônibus, aumento do tempo de espera e dificuldade de deslocamento.

  • Descaso com Pessoas com Deficiência

Descrição: Falta de acessibilidade e respeito aos direitos de pessoas com deficiência.

Exemplos:

Elevadores quebrados impedem o embarque de cadeirantes.

Sinal sonoro para PCD falha frequentemente.

Impacto: Exclusão e dificuldade de acesso ao transporte público.

Descrição: Ausência de controle nos terminais e pontos de ônibus.

Exemplos:

Passageiros embarcam pela porta de desembarque, causando desorganização.

Fiscais negligenciam reclamações e permanecem inativos.

Impacto: Caos nos embarques e falta de respeito às regras.

  • Altos Preços da Passagem

Descrição: Tarifa considerada cara em relação à qualidade do serviço prestado.

Exemplos:

Moradores criticam o valor de R$ 4,95 por um serviço precário.

Usuários relatam que o custo não condiz com a experiência oferecida.

Impacto: Insatisfação generalizada e percepção de injustiça.

  • Condições Precárias nos Terminais

Descrição: Infraestrutura dos terminais está deteriorada, com banheiros sujos, falta de cobertura nos pontos e ausência de bebedouros.

Exemplos:

Terminal Nova Bahia: Goteiras e água quente nos bebedouros.

Terminal Bandeirantes: Descrito como “chiqueiro” pelos usuários.

Impacto*: Desconforto e exposição a condições inadequadas.

Descrição: Ônibus sem climatização, especialmente problemático em dias quentes e chuvosos.

Exemplos:

Linhas longas, como 109, não possuem ar-condicionado.

Passageiros relatam calor insuportável e falta de ventilação.

Impacto: Sofrimento físico e risco à saúde.

  • Monopólio do Consórcio Guaicurus

Descrição: Críticas ao modelo de consórcio, que limita a concorrência e incentiva a má qualidade.

Exemplos:

Motoristas relatam pressão psicológica e excesso de carga horária.

Frota sucateada e superfaturamento em notas fiscais.

Impacto: Serviço ineficiente e falta de melhorias significativas.

Ainda de acordo com o relatório divulgado pela comissão, as reclamações “ evidenciam um sistema de transporte público em crise, marcado por superlotação, atrasos, má conservação e descaso com os usuários. A população clama por medidas urgentes, incluindo renovação da frota, ampliação das linhas, fiscalização efetiva e maior transparência na gestão. A situação atual é vista como insustentável e prejudicial à qualidade de vida dos moradores de Campo Grande”, afirma. 

Canais de denúncia

Foram disponibilizados pela CPI cinco canais de denúncia, para que a população possa formalizar as reclamações pertinentes ao transporte coletivo na Capital. Dos 368 registros, a maioria foi realizada por aplicativo de mensagens. 

  • 307 denúncias via WhatsApp;
  • 32 formulários preenchidos
  • 26 e-mail enviados;
  • 2 ligações telefônicas
  • 1 denúncia realizada de forma presencial.

A denúncia pode ser feita pelo telefone (67) 3316-1514; pelo e-mail cpidotransporte@camara.gov.br; e pelo formulário clicando aqui.

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