Superlotado, cemitério de Sinop terá reforço com novo espaço privado

Diante da superlotação do cemitério municipal, que já abriga mais de 10 mil corpos desde sua inauguração em 1974, a cidade de Sinop, no norte de Mato Grosso, avança na construção de um novo espaço funerário. A concessão para a implantação do primeiro cemitério privado do município, chamado Parque Memorial Sinop, foi arrematada no dia 25 de julho por um consórcio, após processo licitatório iniciado em junho.

O contrato de concessão tem validade de 20 anos, com possibilidade de prorrogação, e representa uma tentativa da Prefeitura de resolver um problema que se arrasta há anos: a falta de espaço para novos sepultamentos.

O novo cemitério será construído em uma área de 253 mil metros quadrados, localizada na rodovia MT-140, a cerca de 7 quilômetros do entroncamento com a BR-163. O terreno é oito vezes e meia maior do que o inicialmente estimado pela própria Prefeitura, e o projeto prevê a construção de 104.904 sepulturas – mais de seis vezes o mínimo exigido no edital.

Do total, 99.600 sepulturas seguirão o modelo “standard”, e 5.304 serão do tipo “VIP”, com características diferenciadas. A previsão é que mais de R$ 12 milhões sejam investidos já na primeira fase do projeto, com estimativa de implantação em até 10 meses. Ainda assim, por se tratar de um projeto ampliado em relação ao previsto originalmente, não há uma nova data oficial para a entrega final.

Pelo edital, a concessionária deverá reservar ao menos 5% das sepulturas para uso gratuito pelo município, voltadas à população de baixa renda — o equivalente a pouco mais de 5 mil vagas. Esse percentual poderá subir para até 10% em situações excepcionais, como pandemias.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Sinop para saber se o novo cemitério será suficiente para suprir a demanda crescente, mas até o momento não houve resposta.

Com o avanço do projeto, a expectativa é que o Parque Memorial Sinop represente um novo padrão de infraestrutura funerária no município, além de aliviar a pressão sobre o atual cemitério, que há décadas enfrenta limitações estruturais e operacionais.