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Taxa de desocupação sobe e reflete fim de contratos temporários

O fim de contratos temporários explica a elevação da taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro, apontam analistas ouvidos pela CNN.

O índice subiu a 6,8%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (28), 0,7 ponto ante o trimestre anterior (6,1%).

De acordo com especialistas, a sazonalidade e o fim de gestões municipais explicam a alta da desocupação.

Empregados sem carteira no setor privado — ou seja, trabalhadores temporários — eram 13,5 milhões, queda de 6% no trimestre em comparação com os meses entre setembro e novembro.

O encerramento dos contratos de trabalho temporários de fim de ano, principalmente nos setores de serviços e varejo, e as trocas de algumas gestões municipais justificam o aumento de desempregados sem carteira assinada no setor privado, avalia o analista socioeconômico do IBGE, Jefferson Mariano.

“Há os contratos de final do ano tanto no setor de varejo quanto no de serviços, nos quais trabalhadores são descartados no início do ano e acabam perdendo o trabalho”, detalha.

“Além disso, houve o término de algumas gestões municipais e muitos contratos foram encerrados. No setor público, há um contingente de trabalhadores com contrato temporário, e esses contratos acabam no fim do ano. Então, muitos tiveram seu contrato terminado devido ao fim das gestões”.

O economista da Suno Research, Rafael Pérez, acrescenta que a desaceleração da atividade econômica brasileira começa a contribuir para o arrefecimento da taxa de ocupação.

O principal fator responsável por isso é a alta da taxa de juros, com a Selic atualmente em 14,25%.

“A gente já percebe que, com a taxa de juros mais elevada, isso começa a impactar um pouco na atividade, além de uma desaceleração dos gastos do governo, que também reduz os benefícios sociais. Isso vai afetar negativamente o consumo das famílias e, por consequência, também faz com que os empresários contratem menos ou comecem a aumentar o ritmo de demissões”, diz.

Porém, Jefferson Mariano, do IBGE, destaca que o impacto da taxa de juros no mercado de trabalho ainda não é tão significativo.

O economista avalia que o ambiente de contratação continua vigoroso e compara os dados do período de dezembro a fevereiro, concluindo que o mercado de trabalho ainda é bastante positivo.

Por outro lado, o economista da Suno aponta para a estabilidade no número de trabalhadores empregados com carteira assinada.

“Essa estabilidade inclusive ajuda a reduzir a taxa de desemprego”, afirma Pérez.

Já o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, avalia que a taxa de desocupação indica uma economia ainda aquecida.

Os dados da Pnad de fevereiro indicam o quarto mês seguido com recorde de pessoas contratadas com carteira assinada, queda na população em condição de informalidade e diminuição na população em busca de emprego.

“Ainda não voltamos aos níveis pré-pandemia de população ocupada, mas isso não é muito surpreendente. Os números estavam dentro do que o mercado esperava. O reajuste salarial contínuo faz com que a seleção de trabalhadores ocorra de forma mais lenta neste período”, cita.

“O empregador precisa avaliar se o funcionário se encaixa no orçamento da empresa”.

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