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TCE cria mesa técnica para mediar impasse entre Prefeitura e ‘rotativo’

O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) determinou a criação de uma mesa técnica multidisciplinar para analisar o impasse entre a CSMobi Participações S/A e a Prefeitura de Cuiabá. A medida é reflexo de uma representação protocolada pela própria empresa, responsável pelo estacionamento rotativo da Capital, que aponta descumprimento de cláusulas contratuais por parte do município.

Mesa técnica do TCE vai analisar PPP do estacionamento rotativo em Cuiabá. (Foto: Divulgação)

No documento, a CS Mobi cita as ameaças de descumprimento contratual por parte do prefeito Abilio Brunini (PL), que tem dado diversas declarações públicas que pretende romper o contrato com a empresa, sem qualquer respaldo técnico, jurídico ou indenizatório.

Além disso, afirma que o município não tem cumprido com as obrigações financeiras, estando inadimplente com a empresa, pois não feito os aportes mensais previstos no contrato.

Na representação, a CS MOBI requer que Tribunal de Contas impeça o município de promover a extinção contratual sem comprovação técnica, econômica e jurídica da medida.

Além disso, solicita a regularização dos valores em atraso, a apresentação de nova garantia contratual e a abstenção de declarações inverídicas sobre a execução do contrato.

A empresa também pediu a abertura de uma mesa técnica com a Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob), para discutir temas como reajustes contratuais, tarifas de pós-utilização e informações sobre autuações e receitas ligadas ao sistema de estacionamento rotativo.

Em manifestação apresentada a Corte de Contas, o prefeito citou a incompetência do órgão para tratar o tema e pediu o indeferimento dos pedidos formalizados pela empresa, alegando que “todas as medidas administrativas cabíveis para o devido esclarecimento dos fatos, notadamente o montante eventualmente devido e a viabilidade do negócio pactuado, estariam sendo adotadas pela prefeitura”.

Diante das alegações divergentes e da complexidade técnica da matéria, o conselheiro Guilherme Maluf optou por não decidir imediatamente o mérito da representação e determinou a constituição de uma mesa técnica.

O grupo será formado por membros das Secretarias de Controle Externo, Apoio à Fiscalização, Jurídica do TCE e da Procuradoria-Geral do Ministério Público de Contas (MPC-MT).

O objetivo é produzir um parecer técnico único, que sirva de base para uma decisão segura e fundamentada. A mesa técnica terá o prazo inicial de 60 dias para concluir os trabalhos, podendo haver prorrogação conforme a necessidade.

“Considerando a divergência entre os órgãos internos do TCE-MT e a complexidade da matéria — que envolve cláusula contratual de garantia em PPP, com impactos relevantes na relação contratual e nos interesses públicos —, determino a constituição de mesa técnica para esclarecimentos”, diz trecho da decisão assinada por Maluf.

O conselheiro também determinou que a análise considere princípios como boa-fé contratual, segurança jurídica e continuidade da prestação dos serviços públicos, evitando qualquer medida que possa comprometer o funcionamento do estacionamento rotativo em Cuiabá.

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