O Tribunal do Júri de Sinop (MT) condenou Clayton Kauan Aparecido Moreira dos Santos, Josemar Mendes Sarate e Vinícius Gabriel de Souza Cseslikoski a um total de 101 anos de prisão em regime fechado pela morte do caminhoneiro Robson Luiz Mariano, de 39 anos, em janeiro de 2023. O julgamento foi realizado na terça-feira (30) e teve a decisão divulgada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), nessa quinta-feira (2).
- Clayton Kauan Aparecido Moreira dos Santos: condenado a 28 anos, 1 mês e 20 dias de prisão, além de 20 dias-multa;
- Josemar Mendes Sarate: condenado a 38 anos e 1 dia de prisão, com 10 dias-multa;
- Vinícius Gabriel de Souza Cseslikoski: condenado a 35 anos e 29 dias de prisão, com 20 dias-multa.
Além de homicídio qualificado, eles respondem por ocultação de cadáver, corrupção de menores (exceto Clayton e Vinícius, que foram absolvidos), furto (exceto Josemar) e organização criminosa, com agravantes como uso de arma de fogo e envolvimento de menores.
Segundo o promotor de Justiça Cristiano de Miguel Felipini, os réus são membros de facção e devem ser considerados inimigos do estado, por matarem pessoas a mando de superiores por interesses ligados ao narcotráfico. Na sentença, foi ressaltado que os crimes foram cometidos de forma premeditada e com extrema violência.
Relembre o caso
Robson foi sequestrado no dia 12 de janeiro de 2023 e teve o corpo encontrado dez dias depois, já em estado de decomposição, em uma área de mata próxima ao rio das Garças.
De acordo com a polícia, Robson morava no interior de São Paulo e no final de dezembro sofreu um acidente de trânsito em Mato Grosso. O caminhão que ele dirigia foi levado para uma oficina mecânica e ele se hospedou em Sinop para acompanhar o reparo do veículo, até o dia em que ele saiu de uma oficina, não foi mais visto e a família não conseguiu contato com ele.
O corpo foi localizado por uma pessoa que havia entrado na mata para caçar, porém, sentiu um cheiro muito forte e foi verificar o que era. Não foram divulgadas mais informações sobre a motivação do crime.
Robson deixou uma filha com diabetes tipo 1, que dependia financeiramente dele para tratamento e alimentação especial.
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