O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) a redução das tarifas aplicadas sobre produtos importados da China, após uma reunião com o líder chinês, Xi Jinping. A decisão, comunicada durante o voo de retorno a Washington, marca um novo momento de distensão nas relações comerciais entre as duas potências.
Segundo Trump, a tarifa imposta a produtos chineses cairá de 57% para 47%, uma redução de dez pontos percentuais. Em troca, Pequim se comprometeu a suspender as restrições à exportação de terras raras, elementos essenciais para a indústria tecnológica, e retomar as compras de soja dos Estados Unidos.
O governo chinês também prometeu intensificar ações contra o comércio ilegal de fentanil, substância responsável por uma grave crise de opioides no território norte-americano.
Trump classificou o encontro com Xi como “incrível” e afirmou que as negociações “colocam fim a um impasse global sobre o acesso às terras raras”.
“Toda a questão das terras raras já foi resolvida. Não há mais obstáculos para o acesso a esses recursos. Espero que isso desapareça do nosso vocabulário por um bom tempo”, declarou.
Diálogo sobre a guerra na Ucrânia
Durante a reunião, que ocorreu na Base Aérea de Gimhae, em Busan, na Coreia do Sul, os dois líderes também discutiram a guerra na Ucrânia. Trump afirmou que o tema foi abordado “com muita ênfase” e que ambos se comprometeram a buscar “formas de avançar em direção à paz”. Ele admitiu, contudo, que o comércio de petróleo entre China e Rússia não foi tema central da conversa.
Reaproximação diplomática
O encontro, realizado a portas fechadas, resultou em um acordo político e comercial que encerra as sobretaxas impostas por Trump em abril, responsáveis por acirrar a disputa entre Washington e Pequim. A medida é vista como um passo importante para reequilibrar uma relação marcada por atritos nas áreas tecnológica, militar e científica.
Além do acordo, Trump e Xi concordaram em realizar visitas de Estado recíprocas em 2026. O americano deve ir a Pequim em abril, enquanto o líder chinês visitará Washington na sequência.
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