Os preços da mandioca seguiram em alta na última semana, impulsionados pela baixa oferta do produto. Entre os dias 1º e 5 de julho, a tonelada da raiz posta fecularia foi cotada a R$ 466,29 (R$ 0,8109 por grama de amido) – valor médio nominal a prazo –, um aumento de 4,8% em relação ao período anterior. No entanto, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI), o preço ainda está 34,9% abaixo do registrado no mesmo intervalo do ano passado.
De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a estiagem agravada no Centro-Sul do País tem interrompido os trabalhos em grande parte das lavouras de mandioca. Além das condições climáticas adversas, há também uma maior retração de alguns produtores que, devido a expectativas de preços ainda mais altos, preferem postergar a colheita.
Esses fatores têm dificultado a manutenção dos volumes de esmagamento pelas indústrias de fécula, que estão enfrentando desafios para se abastecerem, mesmo buscando mandioca em regiões mais distantes. A combinação de estiagem severa e retração dos produtores tem afetado diretamente a disponibilidade do produto no mercado, pressionando ainda mais os preços para cima.
A continuidade da alta nos preços da mandioca dependerá das condições climáticas e das decisões dos produtores nos próximos meses. A expectativa de uma melhora no clima e o aumento da oferta podem estabilizar os preços, enquanto a persistência da estiagem e a retração dos produtores podem levar a novos aumentos.
Com as atuais condições do mercado, a indústria de fécula e os consumidores de mandioca devem permanecer atentos às variações de oferta e demanda, ajustando suas estratégias de compra e produção conforme necessário.
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